quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Prejuizos humanos e o Canal Mussurunga




É com grande tristeza e revolta, que descrevo os prejuízos humanos em nome de um "beneficio social" onde a lista de malefícios é tão extensa que, por mais, que, nos esforcemos sempre a pontos que não descrevemos, devido a extensão dos problemas e o tempo que não é ilimitado para pontuarmos tudo que temos sofrido. Entretanto vamos descrever os de maior impacto. Expulsão de famílias, para lugares que não consigo nem classificar a margem do que é a sociedade e sua infra-estrutura mais básica. O direito das pessoas se relacionarem com a natureza, sendo alimentando-se dela ou como um meio de subsistência ou ainda uma forma de ter um incremento na renda familiar, a violência instalada, o comércio ameaçado, estes pontos descritos, interferem diretamente na vidas das pessoas. A fome e o desespero tem formado muitos delinquentes em nossa cidade e nossa prefeitura que já teve tantos slogans expressando a manifestação do governo democrático tendo a frase "Prefeitura de participação popular", não honra o povo vigoroso que clama por mudança, e mais uma vez, se sente frustrado. Famílias estão no escuro sombrio, protegidas somente por DEUS, devido o interesse de remoção por parte das construtoras e prefeitura. Outros sofrem diante da falta de respeito dos "negociadores" das indenizações, por medo, por falta de sabedoria ou mesmo saúde. Muitas dessas pessoas estão morando de aluguel, pois a "famigerada indemnização" não cumpre o seu propósito, em dar condição para as pessoas continuarem suas vidas de forma digna. Como se pode hoje, século xxi estas situações perdurarem, em nossas vidas, em nossas famílias e em NO$$A cidade.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Prejuízos e o Canal Mussurunga

Em diversos momentos que buscamos compreender o dito canal, somos abordados com um discurso de prosperidade q este trará a todos. Resta identificar q grupo de pessoas é este q viverá a prosperidade mediante a execução da obra e seus desdobramentos. A obra em si prepara uma grande área onde existia uma faixa de Mata Atlântica remanescente de porte médio (que é defendida por lei). A classificação foi do representante do Instituto do Meio Ambiente o Sr. Cesar, q foi unânime c o representante do IBAMA em afirmar q as empresas envolvidas na obra e a prefeitura não forneceram informações, nem tão pouco, documentos referentes a obra. O Ministério Público compartilhou informações c estes órgãos.

Que prosperidade é está q não se explica? Se não basta-se com o reflexo do desmatamento as espécies de insetos q antes viviam nas matas, forçadamente vivem entre as pessoas trazendo risco eminente de epidemias. Resta p nós a seguinte pergunta como as pessoas q não tem recurso financeiro p mudar de endereço vão se comportar dentro das zonas epidêmicas? Nosso prefeito mudou-se, esta será também a solução p essa maciça população? Em matéria do jornal Atarde é descrita c muita propriedade as mais variadas epidemias q pairam salvador não somente dengue, sendo os fatores agravantes o desmatamento e a escassez de saneamento básico.

Dado alarmante a FIOCRUZ coletou de janeiro a outubro 400 barbeiros silvestres, contra 40 entre 1996 a 2006, e registrados 501 casos do mal de chagas na Bahia, sendo q seis em Salvador.

Veja matéria na íntegra: http://www.atarde.com.br/jornalatarde/opiniao/noticia.jsf?id=997572

Observem q este pequeno texto só retrata os primeiros pontos dos prejuízos ambientais/SOCIAIS, sendo q, os demais são ainda mais injustos e cruéis.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Canal de Mussurunga e violação de direitos humanos

Para muitos moradores de mussurunga este canal q tem se mantido em evidência na mídia é somente um esfoço do poder público p trazer infra-estrutura e melhor condição de vida p o bairro. Entretanto em nome do canal de mussurunga pessoas estão sendo coagidas e outras foram removidas de áreas ocupadas p meio de capangas armados e táticas q são uzadas desde os tempos dos coroneis. Mais uma vez o poder público se contradiz já q a obra é divulgada como obra do bairro de Mussurunga, mais seus moradores não tem acesso a nenhuma informação sobre a obra. Sendo uma obra pública qualquer cidadão tem direito de conhecer seus objetivos e suas funções. Seja por meio da prefeitura; quer seja por meio das empresas envolvidas; ou ainda p parceiros da obra no bairro não é permitido o acesso a informações, nem tampouco documentos. Se comenta muito nos bastidores é a posperidade q a obra trará. Más a pergunta fica, quem viverá essa tal prosperidade, pois o q é visto na mussurunga 2 é o aumento de violência, o direito das pessoas se alimentarem sendo retirado através de um muro removendo qualquer possibilidade das pessoas praticarem coleta de frutas ou algum tipo de agricultura de subsistência. Muitos moradores estão em casas de parentes pois a "indenização" é motivo de choro p muitas familias e estas não sabem o q fazer.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Muriçocas e o Canal Mussurunga


Canal de MURIÇOCA Mussurunga

Os reflexos dos desastres ambientais no bairro de mussurunga são vistos por seus moradores, a destruição do ecossistema gerou também um desequilíbrio na cadeia de vida dos insetos. Hoje sofremos com a infestação de MURIÇOCAS, pragas em plantações e como se não basta-se, o perigo eminente de epidemias. A prefeitura se superou promovendo o maior canal epidêmico do pais, utilizando ainda para isso, uma parceria público-privada.

MANIFESTO POPULAR DE MUSSURUNGA




O bairro de Mussurunga surgiu em 1970, desde então quase nada recebeu de infra-estrutura. O descaso dos poderes públicos só aumentou sua deficiência, como ausência de delegacia, maternidades, bibliotecas, entre tantas outras.

Sem estímulos, o bairro conta apenas com um pequeno comércio no setor-C, não condizente com as necessidades de sua população obrigada a buscar solução de seus problemas em outras localidades numa verdadeira odisséia, com o agravante do caótico serviço de transporte coletivo prestado, inadequado caro e insuficiente.

Mussurunga localiza-se na Av. Paralela, região que se valoriza a cada dia sendo alvo da especulação imobiliária. Não sem razão, pessoas são vistas no bairro tirando metragem de casas, ruas e quintais. Recentemente, a pretexto de construir o “canal de Mussurunga” promove-se a destruição sistemática de remanescentes da Mata atlântica, nivelando e aterrando a área verde, que se sabe, dará lugar a loteamentos e condomínios luxo. Uma lagoa natural teve sua vegetação de proteção soterrada por toneladas de barro num flagrante de agressão ao meio ambiente.

Não contentes, estão erguendo um muro em volta das casas, isolando a comunidade de futuras construções, transformando Mussurunga, possivelmente no único bairro “murado” do mundo, algo só visto no nazi-facismo. Acessos à Av. Paralela que se constroem aqui, poderão também ser privativos desses empreendimentos, a exemplos da pista exclusiva do loteamento Alphaville-2 configurando uma repetição do “Apartheid-social”, prática condenável da história da humanidade que se supunha extinta. De maneira truculenta e acintosa surrupiam áreas e quintais onde há décadas as pessoas vem exercendo o direito constitucional de posse e muitos praticam agricultura de subsistência, tirando da terra parte do seu sustento.

Essa ação danosa provocou uma tragédia de cunho social ainda maior, estão expulsando uma população de excluídos que há anos ocupa de modo ordeiro e pacifico as proximidades da lagoa danificada. Sob ameaças e intimidações, estão sendo compelidos a abandonarem suas casas, indivíduos armados e sem identificação são enviados para “convencer” os que se recusam a sair. Montanhas de barro acumuladas próximo às casas, servem como lembrete sinistro, para que não paire dúvidas sobre suas intenções, gerando aflição e desespero nas pessoas. Enfraquecidos em sua dignidade alguns até aceitaram demolir o próprio imóvel onde outrora viveram, viram seus filhos nascerem e crescerem e acalentaram sonhos e esperanças.

Este é o registro do que vem ocorrendo em Mussurunga, estando tais fatos a disposição de toda a sociedade. Nós manifestamos veementemente em repúdio a esse processo criminoso, injusto e imoral ao tempo em que conclamamos as pessoas de bem a juntarem-se a nós nessa empreitada, pois nada nos garante que novas investidas não serão feitas, quiçá, mais ousadas, face ao apetite insaciável dos que detém o poder do dinheiro.

NO CAMINHO COM MAIAKOUSKI

“[...] Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim, e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz a garganta. É por que não dissemos nada, já não podemos dizer nada. [...]”

COSTA, Eduardo Alves (1936)

“[...] Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.[...]”

VANDRE, Geraldo (1964)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Canal Mussurunga

"Muito se tem dito sobre o canal de Mussurunga, mas pouco pelas
pessoas do bairro. Uma vila de casas está quase à beira da extinção, a
não ser por duas casas que resistem corajosamente. O motivo: a
agricultura de subsistência praticada harmoniosamente com o
ecossistema mantém as família alimentadas. Para onde estas famílias
vão em uma cidade onde não há espaço para pessoas simples, que não
encontram emprego, que não querem pedir ajuda todo o dia pois têm
força para trabalhar e dignidade? Muitos foram coagidos a sair em nome
do progresso e da Prefeitura de Salvador. Esta, por sua vez, afirma
desconhecer a forma truculenta com que a desapropriação está sendo
feita, mas, através de suas atitudes, quer diariamente não permitindo
acesso a documentos de domínio público, culpando a burocracia, ou
através dos autos dos processos federal e estaduais que estão em curso
devido às tragédias que estão acontecendo em Mussurunga, sabemos que a
Gestão Municipal não visa o coletivo! Muito menos as camadas menos
favorecidas! O discurso é o de que estes não possuem documentos
legitimando a posse da propriedade, e que por isso devem sair!
Políticas públicas de habitação nunca foram o forte de nossa cidade.
Entretanto, um discurso semelhante tem sido entoado aos moradores
regularizados (através da Urbis/Conder), tomando seus quintais,
retirando assim o contato do homem simples da periferia com a natureza
e seus recursos. Árvores frutíferas da redondeza matam a fome e servem
de renda para inúmeras famílias. De onde virá este recurso após a
tomada.

Nós moradores de Mussurunga, representados pela Associação
Independente de Mussurunga II(ASSIM), temos reunião marcada para o dia
04/12/08 às 9h na Secretária de Planejamento e solicitamos cobertura
desta reunião que será realizada com a ASSIM, empresários (da obra) e
Prefeitura, na figura da Secretária de Planejamento Sra. Kátia
Carmelo.

Pontuamos que o Termo de Acordo de Conduta vigente, deve ser
reavaliado pela comunidade, na figura da Associação Independente de
Mussurunga, e reformatado visando o benefício da comunidade em
aspectos ambientais e sócio-econômicos. As pessoas simples da cidade
não podem mais ser tratadas como peso morto!

A cadeia produtiva da cidade precisa ser alterada. O Neoliberalismo
provou ser ineficaz para promover o crescimento coletivo harmonioso.
Não podemos aceitar o uso da máquina pública como instrumento do
mercado imobiliário baiano, beneficiando um pequeno grupo de nossa
influente "elite" em detrimento dos interesses coletivos da sociedade
de Mussurunga.

Basta!

Nasce Associação Independente de Mussurunga II

A Associação Independente de Mussurunga II (ASSIM2), nasce diante de um desafio, o desafio de uma comunidade viver políticas públicas que não destruam seu contato e sua dependência da natureza.

O canal de mussurunga, obra que tem equiparado a fichas criminais de bandidos famosos com metros de extensão pelos crimes realizados contra o meio ambiente, as comunidades dependentes dos ecossistemas e suas famílias.

Técnicas de guerrilha estão sendo utilizadas aqui, com o objetivo de intimidar a população e dispersar os grupos organizados, em meio a este triste cenário, nasce a ASSIM2 com a meta e o compromisso de lutar por uma formatação urbana priorizando as comunidades ocupantes através de políticas públicas gerando economia sustentável em harmonia com o meio ambiente.